Diz uma parábola judaica que, certo dia, a Mentira e a Verdade se encontraram.
A Mentira disse para a Verdade:
— Bom dia, dona Verdade.
E a Verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e, vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a Mentira:
— Bom dia, dona Mentira.
— Está muito calor hoje... - disse a Mentira.
E a Verdade, vendo que a Mentira falava a verdade, relaxou.
A Mentira, então, convidou a Verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
— Venha, dona Verdade. A água está uma delícia.
E, assim que a Verdade, sem duvidar da Mentira, tirou suas vestes e mergulhou, a Mentira saiu da água, vestiu-se com as roupas da Verdade e foi embora.
A Verdade, por sua vez, recusou-se a vestir-se com as roupas da Mentira e, por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
Aos olhos das pessoas, porém, era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua.
E nós, o que estamos escolhendo em nossas vidas? Preferimos uma bela mentira à verdade, às vezes, difícil? Ou estamos sendo cristãos autênticos e escolhendo a Verdade, que liberta e salva?
“Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno” (Mt 5, 37). A mentira é um mal que impregna a pessoa. O mentiroso começa a acreditar na sua própria mentira e ela se torna um vício. A mentira destrói lares, afasta as pessoas, cria confusão. Vivamos na verdade, por mais dura que ela seja! A sinceridade é uma qualidade que deve ser cultivada. Como é bonito quando podemos confiar em alguém e quando somos dignos de confiança.
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