Precisamos de santos sem véu ou batina.
Precisamos de santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de santos que vão ao cinema, ouçam música e passeiem com os amigos.
Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lasquem" na faculdade.
Precisamos de santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de santos modernos, santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de santos que vivam no mundo, santifiquem-se no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim de semana com os amigos.
Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.
Sejamos santos!
(texto erroneamente atribuído como sendo de autoria do Papa João Paulo II)
Não só no meio virtual, mas mesmo entre grupos de jovens de oração nas paróquias e comunidades, há uma ampla divulgação do texto acima, a famosa “Carta de João Paulo II aos jovens”. Acontece que é uma carta que nunca foi escrita pelo então pontífice da maneira que é apresentada. O Papa João Paulo II escreveu e assinou diversas cartas, documentos, encíclicas. Dentre essas, algumas muito boas como a Veritatis Splendor, a Encíclica da Eucaristia e a Rosarium Virginis Mariae. O curioso é que essas cartas aos jovens de hoje, de ontem e de amanhã (de todos os fiéis), mesmo sendo oficiais, não são divulgadas com tanto entusiasmo como o é a carta acima.
A Verdadeira Carta de João Paulo II aos Jovens é o documento Carta Apostólica Dilecti Amici (Aos Amigos Diletos), de 1985, por ocasião do Ano Internacional da Juventude. Inicia-se com a citação "Sempre pronto a dar razão da esperança a quem o solicite para você".
De qualquer forma, essa “pseudo-carta”, mesmo não tendo sido escrita pelo santo Papa João Paulo II, é de um teor interessante e verdadeiro, levando-nos a uma reflexão acerca da fé e da busca da santidade.
E, em se tratando de edificação, uma outra carta, parodiando essa primeira, foi escrita por um jovem leigo, João S. de O. Jr., buscando passar uma visão da necessidade gritante que se observa para os jovens católicos da atualidade. Aqui está ela (revisada por nós):
Precisamos de muitos santos e santas, que não tenham medo de usar o santo véu ou porem sua batina.
Precisamos de santos modestos, que busquem a beleza sem futilidade.
Precisamos de santos que conheçam um bom cinema católico, belas músicas clássicas, que tenham senso crítico para a mídia e que saibam fazer amigos para Cristo. Que não temam os inimigos deste mesmo Cristo.
Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar em tudo, sobretudo, na faculdade e que não larguem Aquele depois desta última.
Precisamos de santos que rezem e saibam lembrar-se de Deus em qualquer hora do dia, e que estudem também a doutrina da Igreja. Santos que busquem sua vocação, seja matrimonial, seja celibatária, mas que seja por amor a Cristo.
Precisamos de santos tradicionais, conservadores, de todos os tempos, de sempre. Que não se envergonhem de dois mil anos de história.
Precisamos de santos que saibam de política, mas que nunca afastem a caridade como ferramenta em tudo que fizerem socialmente.
Precisamos de santos que estejam no mundo, mas que não sejam do mundo. Que não tenham medo de viver para Cristo neste mundo.
Precisamos de santos que bebam cerveja moderadamente, que apreciem uma boa culinária e não tenham medo de vestir o social ou usar a saia, que saibam mostrar a cortesia em sociedade. Que apreciem a cultura clássica e não tenham medo de serem chamados de fora de moda por isso.
Precisamos de santos que amem o Santíssimo Sacramento com atos externos e internos.
Santos que sejam humildes o suficiente para se confessarem quando preciso.
Precisamos de jovens que sejam santos, mas que busquem ser santos mesmo, pois, de mediocridade, o mundo já está cheio.
Sejamos santos guerreiros nesta terra!
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