Havia um viúvo trabalhador que morava num pequeno vilarejo com suas duas filhas.
Por serem muito curiosas, elas estavam sempre importunando o pai com perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.
Como queria dar a elas a melhor educação que podia, mandou as filhas passarem as férias na casa de um grande homem de Deus, muito conhecido por sua sabedoria, que morava no alto de uma colina.
Durante o período que lá ficaram, as jovens bombardearam o homem com todo tipo de perguntas. Este, por sua vez, respondia a todas sem hesitar.
Travessas, como a maioria das crianças, as meninas resolveram, então, bolar uma pergunta que ele não saberia responder.
Passados alguns dias, uma delas apareceu com uma borboleta azul nas mãos, dizendo à irmã:
— Desta vez este sábio não saberá a resposta.
— O que você pretende fazer?
— Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar ao homem de Deus se ela está viva ou morta. Se ele disser que está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar livre ao céu; se ele disser que está viva, vou apertá-la e, assim, matá-la. Portanto, qualquer resposta que ele nos der estará errada.
As duas jovens foram, então, ao encontro do sábio, que estava meditando embaixo de uma grande árvore.
A mais velha aproximou-se e disse:
— Senhor sábio, tenho aqui em minhas mãos uma borboleta azul. Diga-me: ela está viva ou morta?
Calmamente, o homem de Deus sorriu e respondeu:
— Depende de você... Ela está em suas mãos!
Assim é a nossa vida... Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não... Afinal, o insucesso é apenas uma oportunidade de começarmos novamente com mais inteligência. Podemos e devemos pedir a Deus o dom do discernimento… Mas nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul. Cabe a nós escolhermos o que fazer com ela, só a nós.
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