Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava perto dela e lhe perguntava o que estava fazendo. Ela me respondia que estava bordando. Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa de onde ela estava sentada e, sempre intrigado com aquilo, dizia-lhe que, de onde eu estava, o que ela fazia me parecia muito confuso. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente dizia: "Filho, saia um pouco para brincar e, quando terminar meu bordado, eu o chamarei e o colocarei sentado em meu colo; então, vou deixá-lo ver o bordado da minha posição”.
Eu me perguntava por que ela usava alguns fios de cores escuras e por que me pareciam tão desordenados de onde eu estava...
Minutos mais tarde, escutava-a chamando-me: "Filho, venha e sente-se em meu colo".
Eu o fazia de imediato e me surpreendia e emocionava ao ver a formosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer! De baixo parecia tão confuso...
Então, minha mãe me dizia: "Filho, de baixo para cima tudo lhe parecia confuso e desordenado, porém não lhe ocorria que havia um plano acima... Havia um desenho; só o estava seguindo. Agora, olhando-o da minha posição, saberá o que eu estava fazendo".
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito: "Pai, o que estais fazendo?"
Ele responde: "Estou bordando tua vida”.
E eu lhe replico: "Mas está tudo tão confuso; em desordem... Os fios parecem tão escuros; por que não são mais brilhantes?"
O Pai parece dizer-me: "Meu filho, ocupa-te de teu trabalho e Eu farei o meu; um dia eu te trarei ao céu e te colocarei em meu colo e, então, verás o plano da Minha posição”.
(autor desconhecido)
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