PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO - JAÚ

"Na verdade, este homem era o Filho de Deus!"
Mc 15,39b (Ramos-Ano B)
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Para refletir

Para Refletir 112: Cuida do Mais Importante

“Marta, Marta! Você se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada.”

 

Certa vez, um jovem recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a outro rei, de uma terra distante. Para essa tarefa recebeu o melhor cavalo do reino para carregá-lo na jornada.

— Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano, ao se despedir.

O jovem preparou seu alforje. Escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada na cintura, por baixo das vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava, sequer, em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho, e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente a tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Dessa forma, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe tirava a sela nem a carga, tampouco se preocupava em lhe dar de beber ou comer.

— Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.

— Não me importo - respondeu ele - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta ele me fará!

Com o passar dos dias, sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os maus tratos e caiu morto na estrada. O jovem, simplesmente, o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Mas, como naquela região havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras, muito rápido o moço se deu conta da falta que lhe fazia o animal.

Depois de algum tempo, ficou exausto e sedento. Para aliviar o peso que carregava, já tinha deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois se lembrava da recomendação do rei: “cuida do mais importante!” Seu passo se tornou curto e lento e as paradas, frequentes e longas. Como sabia que poderia desfalecer a qualquer momento, e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada e aí ficou desacordado por longo tempo. No entanto, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, encontrou-o e cuidou dele.

Quando o jovem recobrou os sentidos, estava de volta à sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e, sem remorso, jogou toda a culpa do insucesso no cavalo “fraco e doente”, que recebera.

— Porém, majestade, conforme me recomendaste, “cuida do mais importante”, aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e se despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.

Abatido, o jovem deixou o palácio. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:

“Ao meu irmão, rei da terra do norte. O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem é fiel e sabe reconhecer quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem”.

Assim acontece conosco, muitas vezes. Temos toda uma vida para viver e, nesse tempo, uma voz sempre nos diz: “não se esqueça do principal: a vida espiritual, a oração, a caridade, a justiça, a vida interior, os valores do reino, a família, os amigos...!” Porém, a ganância, a riqueza, o poder nos fascinam e o principal deixamos de lado. Esgotamos nosso tempo com trabalhos, estudos, diversões, futilidades... e deixamos de lado a vida da fé, da graça, a espiritualidade, a amizade, a partilha, etc... Pare um pouco... e pense nisso.

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