PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO - JAÚ

"Vós sereis testemunhas de tudo isso."
Lc 24,48 (3 P-Ano B)
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Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia

No próximo dia 8 de dezembro, Festa da Imaculada Conceição, o Papa Francisco abrirá a Porta Santa na Basílica de São Pedro, em Roma, ao mesmo tempo em que serão abertas as portas santas de todas as dioceses do mundo, para que todos possam viver o Jubileu da Misericórdia.

Para entender melhor o que significa este ano jubilar e como bem vivê-lo, seguem abaixo algumas informações e orientações - como praticar as obras de misericórdia e receber indulgências.

1. Ano Jubilar. O que é isso?

Também chamado de Ano Santo, é o período de aproximadamente um ano em que se celebra um acontecimento ou fato de destaque para os cristãos.

A celebração do Jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de um ano sabático que tinha um significado especial. A festa se realizava a cada 50 anos. Durante o ano, os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. Era um ano de reconciliação geral. Na Bíblia, encontramos algumas passagens dessa celebração judaica (cf. Lv 25,8).

2. O que significa Jubileu?

A palavra Jubileu se inspira no termo hebreu de yobel, que se refere ao chifre do cordeiro que servia como instrumento musical. Jubileu, também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria.

Na tradição católica, o Jubileu consiste em que durante um ano se concedam indulgências aos fiéis que cumprirem certas disposições estabelecidas pelo Papa. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A celebração do Ano Santo Ordinário acontece a cada 25 anos, desde 1475, com o objetivo de que cada geração experimente pelo menos uma em sua vida. O primeiro Ano Santo foi celebrado em 1300, por iniciativa do Papa Bonifácio VIII, que, inicialmente, planejou um Ano Santo a cada cem anos. Até hoje, foram celebrados vinte e cinco Anos Santos ordinários, sendo o último o Jubileu do ano 2000. Já o Ano Santo Extraordinário se proclama como celebração de um fato destacado. O Papa pode convocá-los por motivos especiais, sempre tendo em vista o bem e a conversão dos cristãos e das pessoas de boa vontade. O último Ano Santo extraordinário foi o dos 1950 anos da Redenção, em 1983, convocado pelo Papa São João Paulo II.

3. Por que abrir uma porta no Ano Santo?

A Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com seus colaboradores. Ao mesmo tempo, serão abertas as portas santas de todas as dioceses do mundo, para que todos possam viver o Jubileu.

4. De onde vem a inspiração para o Ano Santo?

Do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Confira os textos de Levítico 25 e de Lucas 4,14-21.

5. O Papa Francisco proclamou um Ano Santo extraordinário?

Sim. Será o Ano Santo da Misericórdia. Este Ano Santo da Misericórdia terá início na Solenidade da Imaculada Conceição, no dia 08/12/2015) e se estenderá até a Solenidade de Cristo Rei, em 20 de novembro de 2016, o último dia do ano litúrgico. É um convite para que, de maneira mais intensa, fixemos o olhar na Misericórdia do Pai. A abertura deste Jubileu coincidirá com o cinquentenário do encerramento do Concílio Vaticano II, que aconteceu em 1965, e reveste este Ano Santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concílio.

6. Quando o Papa Francisco comunicou a realização do Ano Santo da Misericórdia?

Foi no dia 13 de março de 2015, durante a celebração da Penitência, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, disse o Papa: “Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia” (www.cnbb.org.br, 16/03/2015).

7. Qual é o lema do Ano da Misericórdia?

“Sede misericordiosos como o Pai”, do evangelho de Lucas (6,36), texto retirado do Sermão da Montanha (Lc 6,20-49).

8. Existe um site específico sobre o Ano Santo da Misericórdia?

Sim: www.iubilaeummisericordiae.va, com todas as informações, anúncio, convocações, bula, calendário, oração, entre outros.

9. Como o Papa Francisco fez a convocação do Ano Santo?

Por meio de uma Bula (que é um documento do Papa com instruções, ordens, indulgências, sugestões pastorais) intitulada “O rosto da misericórdia” (Misericordiae Vultus, em latim), datada de 13 de abril de 2015.

10. Para o Papa Francisco, qual é o motivo para este Ano Santo da Misericórdia?

Escutemos dele mesmo: “Presente no coração de muitos está esta pergunta: ‘Por que motivo um Jubileu da Misericórdia, hoje?’ Simplesmente porque a Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças epocais, a oferecer mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o tempo para deixarmos distrair, mas pelo contrário: permanecermos vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial. É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia da Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (cf. Jo 20,21-23). Por isso o Ano Santo deverá manter vivo o desejo de individuar os inúmeros sinais de ternura que Deus oferece ao mundo inteiro e sobretudo a quantos estão na tribulação, vivem sozinhos e abandonados, e também sem esperança de ser perdoados e sentir-se amados pelo Pai. Um Ano Santo para sentirmos intensamente em nós a alegria de ter sido reencontrados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, à nossa procura, porque nós tínhamos extraviado. Um Jubileu para nos darmos conta do calor do seu amor, quando nos carrega aos seus ombros e nos traz de volta à casa do Pai. Um ano que sejamos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas de misericórdia. Eis o motivo do Jubileu: porque este é tempo da misericórdia. É o tempo para tratar as feridas, para não nos cansarmos de ir ao encontro de quantos estão à espera de ver e tocar sensivelmente os sinais da proximidade de Deus, para oferecer a todos o caminho do perdão e reconciliação” (www.vatican.va, 11/04/2015).

11. O que fazer nesse ano?

O Papa Francisco insiste na iniciativa “24 horas para o Senhor, que desejo que seja celebrada em toda a Igreja”, entre a sexta-feira e o sábado antes do 4º domingo da Quaresma, porque “é expressão desta necessidade da oração”.

Além disso, ele aconselha que pratiquemos as obras de misericórdia, além de viver intensamente a oração, o jejum e a caridade na Quaresma (MV 17); também recomenda que nos confessemos, para poder receber melhor as graças do ano jubilar. E que cada um realize uma peregrinação, de acordo com suas capacidades, para atravessar a Porta Santa.

Na Bula Misericordiae Vultus, o Papa Francisco sugere algumas iniciativas que podem ser vividas em diferentes etapas:

  • Anunciar a misericórdia de Deus, realizar peregrinações;
  • Ir ao encontro de quem vive nas periferias existenciais;
  • Refletir e praticar as obras de misericórdia corporal e espiritual;
  • Intensificar a oração, o jejum e a caridade;
  • Realizar as “24 horas para o Senhor”;
  • Passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese;
  • Perdoar de todo o coração a todos;
  • Buscar o Sacramento da Reconciliação (Confissão);
  • Acolher os Missionários da Misericórdia enviados pelo Papa;
  • Superar a corrupção;
  • Receber a indulgência;
  • Participar da Eucaristia;
  • Buscar e fortalecer o ecumenismo e o diálogo religioso;
  • Converter-se.

12. O Papa Francisco destacou a necessidade de participar do sacramento da Confissão neste Ano Santo?

Sim. “Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação (confissão), porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior. Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verdadeiro sinal da misericórdia do Pai” (Misericordiae Vultus, 17). Eis o que escreveu o Cardeal Odilo Pedro Scherer: “O anúncio, feito no segundo aniversário de sua eleição, indica que este é um dos grandes desejos deste Papa para a Igreja: a busca do perdão e da reconciliação, deixando-se envolver pela misericórdia divina. O anúncio foi feito durante uma celebração penitencial na Basílica de São Pedro, quando o próprio Papa se fez, primeiro, penitente e, em seguida, confessor, indo ao confessionário para atender as confissões e administrar o perdão sacramental”.

13. O que é a indulgência?

Indulgência é a remissão diante de Deus da pena devida aos pecados, cuja culpa já foi perdoada. Cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoada a culpa dos pecados cometidos, mas não a pena. Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e se arrepende, depois pede perdão e procura o Sacramento da Penitência, receberá o perdão. Contudo, como repassar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão. Essa situação pode ter um indulto, uma indulgência, que a Igreja oferece em certas condições especiais e quando o fiel está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de Deus. A Igreja pode oferecer a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos que sempre participam da obra da salvação. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela se torna indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).

14. Como receber a indulgência?

Para receber a indulgência, todos são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que esse momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

15. Há indulgências para os falecidos?

A indulgência pode ser obtida também para os que faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na Celebração Eucarística, também podemos, no grande mistério da Comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na felicidade sem fim.

16. E os doentes e idosos?

Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que, no mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição, indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será, para eles, o modo de obter a indulgência jubilar.

17. As obras de misericórdia

A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente, obterá a indulgência jubilar.

Obras corporais:

  • Dar de comer aos famintos;
  • Dar de beber aos que têm sede;
  • Vestir os nus;
  • Acolher o estrangeiro;
  • Visitar os enfermos;
  • Visitar os encarcerados;
  • Sepultar os mortos.

Obras espirituais:

  • Aconselhar os duvidosos;
  • Ensinar os ignorantes;
  • Admoestar os pecadores;
  • Consolar os aflitos;
  • Perdoar as ofensas;
  • Suportar com paciência as injustiças;
  • Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos.

 

“Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. (…) Neste Ano Jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente para confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem e de cada mulher e repita com confiança e sem cessar: ‘Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre’ (Sl 25/24, 6) (Misericórdia Vultus).

 

Oração do Ano Santo da Misericórdia

Senhor Jesus Cristo,

Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele.

Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos.

O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura; fez Pedro chorar depois da traição, e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.

Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana:

Se tu conhecesses o dom de Deus!

Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta sua omnipotência, sobretudo com o perdão e a misericórdia:

fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na glória.

Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro:

fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.

Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a Sua unção para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem, proclamar aos cativos e oprimidos a libertação e aos cegos restaurar a vista.

Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.

Amém!

 

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