Como último livro profético e fechando o Antigo Testamento temos o Livro de Malaquias.
O livro tem início da seguinte forma: “Proclamação. Palavra do Senhor a Israel por meio de Malaquias.” Porém, em hebraico, o nome Malaquias significa mensageiro. Assim, esse nome reflete de maneira apropriada as mensagens importantes que o profeta deixou ao povo de sua época, muitas das quais também se aplicam ao povo do Senhor atualmente.
Sabemos bem pouco sobre a vida de Malaquias, além do que aprendemos com seus escritos. Sua origem e a história de sua vida são desconhecidas, mas ele, evidentemente, viveu no século V a.C. e teria sido contemporâneo de Esdras e Neemias.
Mesmo não se sabendo quando ou onde as profecias de Malaquias foram registradas, ele as transmitiu aproximadamente em 430 a.C., mais provavelmente em Jerusalém. Se Malaquias registrou suas próprias profecias, talvez o tenha feito por volta dessa época. É que alguns exegetas acreditam que o autor do livro seja desconhecido.
O Livro de Malaquias foi escrito numa forma literária peculiar que apresenta um “diálogo” entre o Senhor e o povo de Israel. Algumas passagens desse diálogo incluem perguntas feitas pelo Senhor ou por várias pessoas, assim como afirmações daqueles que se opõem a Ele.
Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor. Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias, os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e dos viajantes. E isso fez com que o profeta iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: “Fostes atingidos pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me” (Ml 3, 9).
Como ocorrera em outras épocas na trajetória do povo do Deus, apesar do pecado que dominava a comunidade, o profeta é instrumento na restauração do amor de Deus por Seu povo: “Porque eu sou o Senhor e não mudo; e vós, ó filhos de Jacó, não sois ainda um povo extinto” (Ml 3,6).
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