Depois dos dezesseis livros históricos, no Antigo Testamento, vêm os “livros sapienciais” – nome derivado da palavra sabedoria – ou didáticos. São sete livros que formam esse bloco bíblico. Segundo alguns estudiosos, seriam cinco sapienciais (Jó, Provérbios, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria) e dois poéticos (Salmos e Cântico dos Cânticos), aqui serão englobados todos dentro do bloco sapiencial.
Parte da literatura sapiencial é atribuída a Salomão, conhecido como patrono da sabedoria em Israel – assim como a Moisés é atribuído o Pentateuco e os Salmos a Davi. Na verdade, Salomão pode ter escrito algo dessa literatura, mas não é toda dele e da sua corte.
Esses livros apresentam a sabedoria e a espiritualidade de Israel, que primeiro floresceram em todo o Antigo Oriente. Para os israelitas, sabedoria não é cultura conseguida com acúmulo de conhecimentos, mas é o bom senso e o discernimento das situações, adquiridos através da meditação e reflexão sobre a experiência concreta da vida. Trata-se de algo que se aprende na prática e que leva à arte de viver bem.
A verdadeira sabedoria é, com efeito, o temor de Deus, e o temor de Deus é a piedade. Todo esse ensinamento, comunicado gradualmente ao povo eleito, preparava a revelação da sabedoria Encarnada, Jesus.
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