Seguindo-se ao Pentateuco vem a segunda categoria de livros do Antigo Testamento, os livros históricos. É importante observar que, aquilo que era chamado de “história” na Antiguidade, hoje chamamos de crônica, isto é, uma narrativa verossímil – não necessariamente verdadeira. Importava a arte de bem contar a história, de modo que ficasse gravada na memória e conhecida por todos. Os livros históricos são de quatro origens:
• Historiografia Deuteronomista: constituem uma sequência e foram redigidos pela mesma escola de escribas que produziu também o Deuteronômio, cujo texto é realista. São os livros de Josué, Juízes, Primeiro e Segundo de Samuel, Primeiro e Segundo de Reis. Na Bíblia hebraica, esse conjunto de livros é chamado de “Profetas Anteriores”.
• Historiografia Cronista: foram elaborados pelos escribas que produziram as “Crônicas”, cujo texto é mais romântico, idealizando, muitas vezes, as personagens retratadas. São os livros Primeiro e Segundo de Crônicas e, provavelmente, Esdras e Neemias.
• Macabeus: são os livros Primeiro de Macabeus – o qual é uma crônica histórica contínua – e o Segundo de Macabeus – o qual é uma descrição emocionante de algumas cenas históricas.
• Romances Históricos: misturam história e ficção, concebidos em função de alguma lição peculiar referente à Sagrada Escritura. São os livros de Rute, Tobias, Judite e Ester. Na terminologia hebraica, esses livros são midraxes, isto é, elaborações didáticas de temas da Lei ou dos Profetas.
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