Os três últimos livros do Pentateuco – Levítico, Números e Deuteronômio – reúnem a maioria das leis do povo judeu, mas é o livro do Levítico o que mais as concentra.
O nome Levítico vem de Levi, uma das doze tribos de hebreus, a qual foi escolhida para exercer a função sacerdotal no meio do povo. Sendo sacerdotes, os levitas não possuíam terras nem pagavam impostos. Eram, então, incumbidos de ouvir as pessoas, preparar as leis em função do que ouviam e passá-las ao povo. As leis, portanto, nasceram do serviço dos sacerdotes, que foram sendo inspirados por Deus. Elas não foram, pois, ditadas do céu.
Em Israel daquela época – como em toda comunidade primitiva –, sociedade, política e religião misturam-se. Isso explica a razão de um livro dentro da Sagrada Escritura centralizar tantas regras. Entretanto, por trás da repetição monótona das leis, podemos descobrir riquezas de nossa fé. Em primeiro lugar, é revelado um Deus educador, que instrui seu povo; percebe-se a “pedagogia divina”. Além disso, pode-se ter inspiração no serviço a Deus, hoje em dia, a partir dessas normas arcaicas.
Embora situado logo após o êxodo e atribuído a Moisés, o livro do Levítico foi redigido depois do desterro na Babilônia. A origem dele está em textos elaborados pelos sacerdotes através dos tempos e está assim dividido:
Acima de tudo, porém, no Levítico está a exigência de ser coerente com a aliança: ser santo como o próprio Javé é santo (Lv 19,2). É dessa concepção de santidade encarnada que temos o mandamento fundamental de toda a ética: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Lv 19,18).
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