Abrindo o Pentateuco, o livro do Gênesis – que literalmente significa “criação”, “geração”, “origem”, “começo” – divide-se em duas partes desiguais: origem do mundo e da humanidade (do capítulo 1 ao 11) e origem do povo de Deus (do capítulo 12 ao 50).
A primeira parte narra a história primitiva, remontando às origens do mundo e estendendo sua perspectiva à humanidade inteira, pois se pretende mostrar a importância do ser humano dentro do projeto de Deus. Ainda que dominada pelo mal – que leva à confusão da Torre de Babel e ao castigo do dilúvio –, a humanidade é, ao mesmo tempo, amparada pela graça. Nessa primeira parte estão personagens bastante conhecidas como Adão e Eva, Caim e Abel, Noé.
A segunda parte é formada pela história dos patriarcas, que são os pais do povo da Bíblia. Nela são recordadas as figuras dos grandes ancestrais: Abraão, homem de fé e obediência a IAHWEH (como era chamado Deus, então); Jacó, o homem da astúcia; Isaac, uma figura bastante apagada diante de seu pai, Abraão, e de seu filho, Jacó. Os doze filhos de Jacó são os ancestrais das Doze Tribos de Israel, inclusive José, cuja biografia é narrada do capítulo 37 ao 50 (com exceção do 38 e do 39), já preparando o relato do livro do Êxodo. José é o homem da sabedoria que, vendido pelos irmãos no Egito, tem sua virtude recompensada pela Providência divina, a qual converte em bem as faltas dos seres humanos. Assim, o livro do Gênesis forma um todo completo: é a história dos antepassados.
Como a grande maioria dos livros da Sagrada Escritura, o Gênesis não foi escrito por um único autor, mas por vários. Em sua escrita, foram levados em conta relatos passados de geração em geração e até poemas pertencentes à literatura babilônica, os quais foram interpretados e adaptados antes de serem escritos.
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