PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO - JAÚ

Estudos e Homilias

Eucaristia como Transformação em Cristo

Dando prosseguimento à série de artigos sobre a Eucaristia, com a colaboração do Dr. José Roberto Polônio, e baseados nos temas apresentados pelo Pe. Robert P. Rosseau num seminário realizado em nossa cidade, vamos agora destacar a Eucaristia como objeto de transformação.

A Celebração Eucarística é dinâmica. Jesus age durante essa celebração não só nos alimentando, nos reconciliando, mas também nos transformando n’Ele mesmo. O objetivo da Espiritualidade Eucarística é sermos capazes de dizer como São Paulo: “Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.

Se queremos experimentar a Eucaristia como Transformação temos de conectar os símbolos da primeira – Pão e Vinho – com as nossas vidas. Na Igreja primitiva, quando as pessoas iam para a Celebração Eucarística, levavam o pão e o vinho que tinham feito em suas casas e, assim, tinham uma maior identificação de suas vidas com a celebração.

Nós podemos relacionar nossas vidas com os símbolos do pão e do vinho usados na Eucaristia. A transformação que ocorre no pão e no vinho é o símbolo da transformação que deve ocorrer em nós. Jesus na Eucaristia quer nos transformar no Seu Corpo!

Quando você vai para a Celebração Eucarística, você leva o pão para ser repartido? Você leva o vinho para a festa? Se nós não levamos o pão e o vinho para a celebração, nós não vamos ter a experiência da transformação Eucarística. Assim, cada um deve levar algo de sua vida para a celebração e isto vai ser o pão e o vinho a serem ofertados.

Vamos partilhar um método que podemos usar na celebração. Para que ele seja efetivo nós temos de ser honestos. Temos de levar nós mesmos para a celebração, assim como somos. Temos de levar aquilo que realmente está acontecendo na nossa vida. Nós não podemos deixar a nossa vida e os nossos sentimento fora da Igreja.

Se você vai para a celebração e está triste, lamentando a morte de um amigo, este é o pão que você vai levar. Se você tem um filho com problemas, este será o vinho que você vai oferecer. Se você está feliz porque passou no vestibular, este será o pão e o vinho que você irá oferecer...

No início da celebração, no Ato Penitencial por exemplo, você vai fazer uma interiorização, vai entrar na sua vida e colocá-la na oferta, como pão e vinho. No momento da exposição do pão, nós colocamos nele a situação que identificamos no início da Missa e derramamos no cálice do vinho todas as emoções que essa situação nos causa.

Por exemplo, a viúva coloca a pessoa “perdida” dentro do pão. As emoções de tristeza que esta perda lhe causa, ela coloca-as dentro do vinho.

Colocamos nossas emoções para uni-las ao sofrimento de Jesus. É um ato de fé.

Na Oração Eucarística Jesus absorve em Seu sacrifício tudo o que colocamos dentro do Pão e dentro do Cálice. Jesus se identifica com nossas vidas. Ele toma tudo isso consigo e o oferece ao Pai. O Pai aceita o sacrifício e diz um “sim” a Jesus. Nesse sim de Deus começa a nossa transformação!

No momento da Comunhão Jesus vem a nós, devolve a nós aquilo que entregamos, mas com uma grande diferença: não é mais o meu “eu” que está no centro da situação, mas sim o próprio Jesus. Jesus nos guiará, nos consolará, nos orientará em como suportar ou como sair da situação que colocamos para Ele. Jesus morará em mim, como diz São Paulo, de modo que, quando perdoamos o irmão, não somos mais nós que perdoamos, mas sim o próprio Jesus que está em nós... Aos poucos, Jesus vai nos transformando n’Ele através da Eucaristia, basta que O comunguemos com freqüência.

Que possamos dizer como Maria: “O Senhor fez grandes coisas em mim, abençoado seja o Seu nome”. A mensagem é: se nosso desejo for o de unir o nosso sacrifício com o sacrifício de Jesus, seremos transformados lentamente nele mesmo.

A Eucaristia é o Amor de Deus como transformação em Jesus Cristo!