Celebramos hoje a Visitação de Nossa Senhora.
Segundo a tradição, a origem do mês de maio como mês de Maria remonta ao século XIII. No encerramento deste mês, no dia 31, a Igreja celebra a festa da Visitação de Maria à sua prima Isabel, enquanto que a devoção popular cristã contempla este acontecimento no segundo mistério gozoso do santo terço.
A narrativa da Visitação apresenta-se como consequência do Pentecostes de Maria, quando, na Anunciação, o Anjo Gabriel revela que o Espírito Santo desceria sobre ela com Seu poder. Animada pelo Espírito, a Virgem se põe a caminho e, com solicitude vai até a casa de sua prima Isabel para ajudá-la em suas necessidades, pois essa era de idade avançada.
A visita de Maria não foi apenas um gesto de cortesia. Fecundada pelo Espírito Santo, Maria pôs-se a caminho para transmitir o mistério santificador da Palavra que, misteriosamente, Se fez carne. Ela se sentiu movida pelo desejo de comunicar à sua prima a alegria que sentia pelo prodígio nela operado pelo Senhor. Esta alegria é cantada no Magnificat: “o meu espírito se alegra em Deus”.
Portanto, o mistério da Visitação lembra a todos que o “levar Cristo” é uma atitude “mariana”. Por essa razão, a Igreja mantém os olhos fixos na Virgem Mãe: grávida do Pão eucarístico, ela torna perpétuo entre os homens o caminho missionário daquela que, como Arca da Aliança e Tabernáculo vivo de Deus que Se fez carne, trazia em si Aquele que visitou e redimiu o seu povo: “Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.