Dentro das Oitavas do Natal, a Igreja celebra, no dia 28 de dezembro, a Memória dos Santos Inocentes.
Mas quem são eles?
Biblicamente falando, eles são todos os meninos cruelmente mortos pelo rei Herodes por ocasião do nascimento de Jesus. De acordo com a tradição, todas as crianças do sexo masculino de até dois anos de idade foram mortas, para garantir que o filho de Maria também fosse eliminado.
Assim, a Igreja honra como mártires esse coro de crianças, arrancadas dos braços de suas mães em tenra idade para escrever, com seu próprio sangue, a primeira página do livro de ouro dos mártires cristãos e merecer a glória eterna segundo a promessa de Jesus: “Quem perder a vida por amor de mim a encontrará”.
O episódio é narrado somente pelo evangelista Mateus, que se dirigia principalmente aos leitores judeus e, portanto, tencionava demonstrar a messianidade de Jesus, no qual haviam se realizado as antigas profecias.
Quanto ao número de assassinados, relatos tradicionais falam em mais de 10.000; os gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se, atualmente, que terão sido algo em torno de poucas dúzias, ao todo. De qualquer forma, foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.
A origem desta festa é muito antiga, acontecendo desde o século IV.
Hoje, porém, a festa é também um convite a refletirmos sobre a situação atual de milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós, cristãos, aspiramos a um mundo mais justo e solidário.
Santos Inocentes, rogai por nós!
#saosebastiaojau
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