O QUE É?
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um dos maiores eventos internacionais promovidos pela Igreja Católica. Presidida pelo Santo Padre, reúne milhares de jovens para celebrar e aprender mais sobre a fé e a doutrina católica, além de construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, bem como compartilhar entre si a vivência da espiritualidade.
COMO COMEÇOU?
Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II, em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens: vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.
Celebrada a cada dois ou três anos, durando aproximadamente uma semana, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – como foi denominada a partir de 1985 – continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a revelar o rosto de Cristo em cada jovem.
O QUE ACONTECE?
Ao longo de uma semana, os jovens provenientes de todo o mundo são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (ginásios, escolas, pavilhões…) e paroquiais ou em casas de famílias. Além dos momentos de oração, partilha e lazer, os jovens inscritos participam em várias iniciativas organizadas pela equipe da JMJ, em diferentes locais da cidade que a acolhe. Os pontos altos são as celebrações (atos centrais) que contam com a presença do Papa, tais como a cerimônia de acolhimento e abertura, a via-sacra, a vigília e, no último dia, a missa de envio.
OS SÍMBOLOS DA JMJ
A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem. A recepção e o acolhimento dos símbolos têm dado muitos frutos por todo o mundo. Na África, esses dois símbolos convidaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste.
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, no momento em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova York, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também por Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani
Desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas na Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo. Mas é verdade também que, através deles, o “rosto” jovem de Cristo se mostra ao mundo.
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