No dia 6 de agosto, a Igreja celebra a festa litúrgica da Transfiguração do Senhor.
Essa festa, comemorada no Oriente desde o século V, é celebrada no Ocidente desde 1457.
Foi neste episódio que, no Monte Tabor (Israel), na presença dos apóstolos Pedro, Tiago e João, Jesus conversou com Moisés e Elias e escutou-se de uma nuvem a voz de Deus Pai que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” (Lc 9, Mc 6, Mt 10).
Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração prepara os Apóstolos para a compreensão desse mistério. A motivação pela qual se celebra em 06 de agosto provavelmente está associado à festa da dedicação da Igreja do Monte Tabor, mas também porque é o dia do grande meio-dia, o apogeu da luz do verão. Além disso, ela é celebrada quarenta dias antes da Festa da Exaltação da Santa Cruz, a 14 de setembro: segundo uma tradição, esse acontecimento teria ocorrido quarenta dias antes da crucifixão.
Qual é o sentido da palavra transfiguração? Transfiguração significa transformação, metamorfose, alteração de figura, das feições e das formas. Nesta visão, a transfiguração é o ponto de chegada de Jesus, o nosso e o de todo o universo. O nosso destino não é a desfiguração, mas a transfiguração. Nossa vida cristã é um processo de lenta transformação em Cristo até a transfiguração na imagem de Cristo glorioso.
Para os três discípulos, e para nós, permanecem duas ordens: a primeira vem do Pai: para ouvir o Filho amado. Ouvir é a atitude fundamental dos discípulos. Ouvir Jesus é entender o que disse e fez, para que seu ensinamento esteja vivo em nossa vida. A outra ordem vem do próprio Jesus que toca nos discípulos e pede que se levantem e não tenham medo de enfrentar os desafios da realidade.
No Monte Tabor, Jesus manifesta Sua glória, mas nos chama à intimidade com Ele, para entrarmos na Sua nuvem divina, contemplar o Seu lindo rosto, nos apaixonar por Ele e escutar a voz do Pai.
Como diz o Santo Padre: “Na Transfiguração, Jesus mostra-nos a glória da Ressurreição: um pedaço do céu na terra”.
Deixemo-nos transfigurar pelo Senhor!
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