Com o decreto Ecclesiæ Mater, do Papa Francisco, publicado no dia 3 de março de 2018, instituiu-se, na segunda-feira depois de Pentecostes, a Memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja. O motivo da celebração é brevemente assim descrito: favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.
Se em Pentecostes celebramos o nascimento da Igreja, no dia seguinte celebramos a maternidade dessa mesma Igreja.
Maria é a mãe de Jesus, Cabeça da Igreja. Nós, como membros da Igreja, fazemos parte do Corpo Místico de Cristo. Por isso, Maria é nossa Mãe, é a Mãe da Igreja!
Maria é a mulher de Pentecostes, a mulher do silêncio, aquela que meditava e guardava todas as coisas no seu coração.
Maria é aquela que está aos pés da Cruz e é dada como Mãe, pelo Próprio Jesus, a João, figura do discípulo amado, para mostrar que a Igreja tem uma Mãe.
"Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: 'Mulher, este é o teu filho'. Depois, disse ao discípulo: 'Esta é a tua mãe’." (João 19,26-27).
Jamais podemos ignorar o papel dessa mulher! É aquela mulher do paraíso, que, perdida em Eva, agora é encontrada em Maria. Ela é a mulher do Apocalipse, aquela que apareceu como um sinal no Céu. Maria é a mulher nova, é a humanidade nova, renovada, santificada e plenificada no Espírito.
Que graça e que beleza! Tendo sido preservada do pecado desde o seu nascimento, Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe de Jesus. Assim, ela se tornou esposa do Espírito Santo quando concebeu – não por obra humana, mas por obra desse Mesmo Espírito – o Autor e Salvador da humanidade, nosso Senhor Jesus Cristo.
A Igreja de Cristo nasce do lado aberto de Jesus na Cruz, porque, quando lá está pregado, do Seu lado aberto saem sangue e água, os dois sacramentos vitais da Igreja: a Eucaristia e o Batismo. O Batismo, que nos dá a vida, e a Eucaristia, que nos alimenta nessa vida perene em que todos nós estamos. Antes, no entanto, de nos dar o sangue e a água, Ele nos deu Maria como Mãe.
A Igreja, olhando para Maria, enxerga seu próprio rosto, porque também é mãe e, como Maria, gerou Jesus em seu ventre. Por meio do Batismo, a Igreja também gera cada um de nós em seu ventre místico de mãe. Maria é virgem antes, durante e depois do parto: ela é íntegra. Assim, ao olhar para Maria, a Igreja também se reconhece como íntegra, aquela que preserva a fé inteira, sem tirar nenhum pedaço.
A Igreja é mãe e Maria é mãe da Igreja.
Nós temos Mãe! Por isso, devemos recorrer a ela e invocá-la como Mãe da Igreja, Mãe de todos nós, filhos da Igreja. Precisamos, mais do que nunca, recorrer à Virgem Maria para sermos também Igreja, filhos da Igreja e amarmos essa Igreja da qual ela é Mãe!
#saosebastiaojau
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