A Divina Misericórdia é uma devoção de origem polonesa, cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a Sua Misericórdia. Assim ela descreve sua primeira visão: “Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. Logo depois, Jesus me disse: ‘Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós’.” (Diário 47).
Ao longo do Diário, descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da Divina Misericórdia. O processo de beatificação desta religiosa se iniciou pelo empenho do, então, Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Karol Wojtila e, posteriormente, foi canonizada pelo mesmo bispo, já como Papa João Paulo II.
A Festa da Divina Misericórdia também é fruto de revelações místicas de Jesus a Santa Faustina. E ela foi instituída por São João Paulo II, com o decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em 23 de maio de 2000. Seu nome oficial é “Segundo Domingo da Páscoa ou Divina Misericórdia”.
O então Papa João Paulo II – que dedicou uma de suas encíclicas à Divina Misericórdia (Dives in Misericordia) – havia anunciado durante a canonização de Irmã Faustina, no dia 30 de abril daquele mesmo ano: “Em todo o mundo, o segundo domingo de Páscoa receberá o nome de domingo da Divina Misericórdia. Um convite perene para o mundo cristão enfrentar, com confiança na benevolência divina, as dificuldades e as provas que esperam o gênero humano nos anos que virão”.
É essa profunda misericórdia que Deus quer oferecer a todos, sem excluir ninguém. E Sua misericórdia se manifesta justamente naquele que mostra as chagas da crucifixão, abre os braços, sopra o dom do Espírito Santo e dá a missão do perdão e da reconciliação à sua Igreja: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Jo 20, 23).
Por isso damos graças na Festa da Divina Misericórdia: “Quero lembrar os benefícios do Senhor, celebrar os louvores do Senhor, por tudo o que fez em nosso favor, pela grande bondade com a casa de Israel, quando a beneficiou em sua ternura, em sua imensa misericórdia” (Is 63, 7).
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