A Quarta-feira de Cinzas – que, este ano, acontece no dia 01 de março – é uma das Festas Móveis do Ano Litúrgico, acontecendo quarenta dias antes da Páscoa. Ela foi instituída há muito tempo na Igreja e abre solenemente o tempo de penitência, chamado Quaresma, em preparação para a celebração da Páscoa.
Em nossa paróquia, a missa da Quarta-Feira de Cinzas será realizada na Matriz de São Sebastião, às 19h.
Nesse dia, após a Liturgia da Palavra, em que se proclama o trecho do Evangelho em que Cristo recomenda a oração, o jejum e a esmola como exercícios de conversão (cf. Mt 6,1-18), realiza-se o rito da imposição das cinzas. Elas são sinal de penitência, no sentido de conversão. A conversão consiste, sobretudo, no reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais e pecadoras. No gesto de imposição das cinzas sobre a cabeça das pessoas, o sacerdote ou o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. A conversão consiste em crer no Evangelho. Crer é aderir a ele, viver segundo os ensinamentos do Senhor Jesus. Pode-se usar também a fórmula tradicional: “Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar”. Numa das orações de bênção das cinzas, é dito: “Reconhecendo que somos pó e que ao pó voltaremos, consigamos, pela observância da Quaresma, obter o perdão dos pecados e viver uma vida nova, à semelhança do Cristo ressuscitado”.
A origem das cinzas usadas tem seu significado. Elas são preparadas pela queima de palmas usadas na procissão de Ramos do ano anterior. Lembram, portanto, o Cristo vitorioso sobre a morte. A palma é símbolo de vitória e de triunfo. Assim, se os cristãos aceitam reconhecer sua condição de criaturas mortais e transformar-se em pó – ou seja, passar pela experiência da morte, a exemplo de Cristo, pela renúncia de si mesmos – participarão também da vida que ressurge das cinzas.
Para os antigos judeus, sentar-se sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. A propósito, é oportuna a menção de uma lenda egípcia: Fênix era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, queimada, renascia das próprias cinzas. É fácil, portanto, perceber que ela é símbolo da ressurreição de Cristo e dos que aceitam viver na atitude d’Ele.
Certamente não é fácil aceitar ser cinza. Contudo, a fé em Jesus Cristo ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Jesus Cristo faz brotar a vida quando o ser humano reconhece sua condição de criatura necessitada da ação de Deus. É entrar na atitude pascal.
Assim, a imposição das cinzas não constitui um mero rito a ser repetido a cada ano. É celebração da vocação do ser humano, chamado à imortalidade feliz, contanto que realize o mistério pascal de morte e vida em sua vida fraterna.
E, atenção: a Secretaria da Matriz de São Sebastião não terá expediente no dia 28 de fevereiro (3ª feira de carnaval) nem no dia 01 de março (Quarta-Feira de Cinzas). Nos demais dias, o expediente é normal.
Fontes:
http://www.franciscanos.org.br/?p=32944
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